PvP entre Alaska e Derek

• S. Notte • Dragoniano•

Os olhos brilhavam no desvairo raivoso da híbrida, dando uma aparência pouco amiga para os traços finos da alva face. Faria o bastardo engolir cada uma das palavras de insulto, nem que para isso tivesse que empurra-las goela à baixo. Mostraria para o maldito que aquela lagartixa branca, como dissera o próprio dragão, não se intimidava com ofensas baixas e sem fundamento e naquela manhã macularia suas escamas cor de neve com o vermelho do sangue profano do adversário. Maldito infeliz, cria de idiotas. Não conseguia entender como aquele ser tão babaca ousara sequer dirigir-se a si.

- Vamos, meu querido... Vamos brincar de boneca. - Praticamente sibilou com a voz rouca de alguém que não tinha em si qualquer sinal de carinho para com o combatente.

Logo em seguida, o que a fez duvidar que ele tivesse escutado a provocação, o mais jovem avançou com violência, disparando na direção dela com o desejo de agarra-la, o ódio o tomando em um movimento de defesa própria. Era quase como se ele decidisse atacá-la antes de receber um ataque... Mas a velocidade de dragão era igual para os dois. A visão apurada que compartilhavam, a força, a agilidade... Tudo o que seria vantagem contra outras raças agora era apenas uma característica comum.

Lançou-se, então, para o lado, tentando desviar da ação impensada com um giro lateral que a colocaria quase em paralelo com a criatura. Se funcionasse, com a destra que segurava a arma única e favorita, traçaria no ar um semicírculo rápido, na altura dos ombros do rapaz, cravando a lâmina curva no centro das costas alheia. Esperava que fosse o suficiente para pelo menos machuca-lo, pois pelo menos em sua mente o movimento tivera algum sentido... Bastava agora ver como sairia na prática.

poderes e habilidades:

Armas:

thanks rapture

• S. Notte • Dragoniano•

Das costas frágeis veio o sangue, o impacto derrubando no chão o fraco ser. Alaska havia tido sucesso em seus atos, tanto ao desviar-se do golpe quanto ao atingi-lo com o misto de foice e espada. Seria aquela uma criatura morta se fosse menos que um dragão. Um dragão ainda muito jovem e, sem duvidas, com poucas lições aprendidas em combate. Se antecipava sempre em demasia, deixava a ira tomar conta das ações... E com isso se tornava muito imprudente e fraco. Parecia muito mais uma criança brincando de guerrear do que um ser milenar o fazendo de fato.

Enquanto ele novamente avançava, um sorriso calmo tomou os lábios avermelhados. Estavam muito próximos e dessa vez seria arriscado demais jogar com ele antes de prestar atenção nas próprias ações... Contudo o plano lhe veio em automático. Não era algo assim tão difícil... Matara os cinco melhores guerreiros da tribo élfica, um jovem da mesma espécie não apresentaria muito mais dificuldade.

Antecipando o ataque das mãos desarmadas, permitiu que as escamas claras tomassem forma pelo tronco todo, o que deveria vir antes de o soco atingir-lhe de verdade. Elas deveriam amortecer o impacto, ao menos o suficiente para que aquilo o tornasse suportável. Caso funcionasse, largaria no chão arma amada e apanharia com a destra o pulso do rapaz. Os anos extras e os treinos a mais cuidariam do resto. Arrastaria a perna esquerda para que ficasse rente à direita, deixando-a virada de lado de modo que a área de contato fosse menor. Puxaria o homem para frente, fazendo-o desequilibrar, e usaria o joelho que estava atrás em sua base aberta para acertar-lhe o estômago. Logo o dragão estaria desprotegido ou no mínimo surpreso, de modo que poderia tomar como seus os dentes draconianos que tanto amava, aproveitando a posição para abocanhar-lhe a nuca ou, no mínimo, o desnudo pescoço, mastigando a carne macia da forma humanóide para rasga-lo o máximo que pudesse, talvez acertando uma ou outra veia e o fazendo engasgar no próprio sangue.

poderes e habilidades:

thanks rapture

Os largos dentes mastigavam a carne, o sucesso das ações novamente a fazendo campeã da rodada. Não queria de fato mata-lo... Estava muito mais focada em brincar com ele. Divertia-se na loucura insana da batalha sangrenta, apaixonada em demasia pela destruição para medir os próprios atos. Era doce o sangue dele, repleto pelo medo e ao mesmo tempo pelo orgulho, fazendo-a tão feliz e satisfeita que era difícil explicar.

Mordia e sorria, o líquido escarlate escapando pelo canto dos labios. Pinga. Pinga. Pinga. A cada gota o gramado esmeralda mais maculado do que no último segundo. Era uma felicidade dão incoerente, tão simples e pura... Naqueles pequenos atos era como se a malícia fosse do observador, não de si. Estava apenas sendo uma boa menina, protegendo a própria honra com dentes e unhas.

Sentiu, porém, o corpo frágil desvanecer, ficando inerte em seus braços e cedendo ao ataque da ruiva. Ficou imóvel, o coração não mais batia e agora não havia qualquer resistência. Era sua a carcaça do perdedor, daquele que sucumbira perante sua força... E dele aproveitaria ainda muito mais.

Afastou o rosto alvo da nuca destruída e deixou-o cair no chão. O morto apenas produziu um baque surdo, sem qualquer estremecer ou reação. A alma, liberta do corpo, quebrou o selo da maldição. Se antes era humanóide com alguns poderes, agora era dragão com alguns traços humanos. O corpo era menor do que seria ao ascender, mas a aparência de fera sobrepujava a outra coisa, dando para a criatura o aspecto de fera. Fera pequena, mas ainda assim liberta.

Tinha as escamas marrons, o focinho grosso muito diferente do comprido e fino de Alaska. As asas eram da mesma cor e os olhos claros se destacavam no contexto. Com passos largos, a vencedora abandonou seu prêmio, pegando a Shotel para finalmente escolher qual seria o souvenir.

Agachou-se ao lado do dragão, cortando para si uma das grossas e afiadas garras. Convocando o fogo das tochas presentes esquentou sua lâmina e furou seu objeto de colecionador. Tirou do pescoço o cordão de ouro que levava, abrindo o fecho e deixando que para a grama escorresse o pingente delicado. Colocou em seu lugar a garra de Derek, prendendo-a novamente na garganta como símbolo de orgulho... Mas ainda precisava de mais.

Do pescoço estraçalhado separou a cabeça grande, permitindo que o sangue manchasse todo o solo. Para esta tinha uma finalidade especial, não a desejando apenas para si... Então tomou ainda mais cuidado. Não a furou ou esquentou, não a deformou de forma alguma. Colocou-a por baixo do braço e aproveitou para roubar mais uma ou duas unhas, guardando-as no bolso antes de limpar a arma na calça, não se importando com a roupa extremamente suja, e sair do local com um assobio apaziguado. Não estava nem perto de parecer com alguém que Matara outro de sua espécie.

Sugestão de ganhos:

thanks rapture